terça-feira, 21 de outubro de 2014

Músculo Estriado Cardíaco

Este músculo é formado por células alongadas, mais delgadas e mais curtas que as células musculares esqueléticas. Elas possuem 15 a 20mm de diâmetro e cerca de 100mm de comprimento. Diferente das células musculares esqueléticas, as células do músculo cardíaco são ramificadas e possuem um ou dois núcleos centrais ou próximos ao centro, com cromatina frouxa e nucléolo proeminente.
Ao microscópio de luz, este músculo exibe, além das estriações devido ao arranjo dos filamentos contráteis, os discos intercalares, linhas retas ou em escada que correspondem a complexos juncionais.

Os discos intercalares são constituídos por interdigitações, junções de adesão e desmossomos, que impedem a separação das células com o batimento cardíaco, e junções comunicantes, que, ao permitir a passagem de íons de uma célula à outra, promovem a rápida propagação da despolarização da membrana e a sincronização da contração das células.Assim como ocorre nas células epiteliais, os filamentos de actina ancoram-se nas junções de adesão, e os filamentos intermediários, nos desmossomos. Entretanto, nas células musculares, os filamentos intermediários são de desmina.

Este músculo apresenta contração involuntária.O músculo estriado cardíaco regenera-se somente nos primeiros anos de vida. Depois não é mais capaz, porque não possui uma população de células precursoras, como as células-satélites do músculo esquelético. As lesões do coração são reparadas pela proliferação dos fibroblastos, que formam uma cicatriz de tecido conjuntivo denso.
Figura 1; Corte longitudinal do músculo estriado cardíaco. HE. 550x. Fonte: http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/5Muscular.pdf

Músculo Estriado Esquelético

As células deste músculo são originadas da fusão de centenas de células precursoras, os mioblastos, o que as tornam bastante grandes e alongadas, com um diâmetro de 10 a 100mm e até 30cm de comprimento, e multinucleadas, sendo que os núcleos ficam em posição periférica.  Alguns desses núcleos periféricos pertencem a mioblastos latentes, as células-satélites.

 Essas células são mononucleadas e fusiformes e estão posicionadas entre a lâmina basal e a membrana plasmática da célula muscular. As células-satélites podem se dividir, fusionar e originar células musculares no processo de reparo após lesão ou de hipertrofia decorrente do exercício intenso. As células do músculo estriado esquelético possuem filamentos de actina e de miosina em abundância, e a sua organização faz com que se observem estriações transversais ao microscópio de luz, o que conferiu o nome estriado ao tecido.

 O termo esquelético é devido à sua localização, o retículo endoplasmático liso (geralmente chamado de retículo sarcoplasmático) é bem desenvolvido e armazena íons Ca2+, importantes para o processo de contração. As mitocôndrias são numerosas e fornecem energia ao processo. Para a obtenção da energia, armazenam glicogênio em grânulos no citoplasma. Como o consumo de oxigênio é alto, há um abundante suprimento de mioglobina. Este músculo está sob controle voluntário e tem contração rápida.


 Figura 1; Fusão dos mioblastos pra formar o músculo estriado esquelético. HE. 1.373x. Fonte: http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/5Muscular.pdf

Figura 2 – Corte longitudinal do músculo estriado esquelético. HE. 550x. Fonte: http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/5Muscular.pdf

Tecido Muscular

O Tecido Muscular é um tecido muito importante, e é responsável pelos movimentos corporais através da sua contração, promove o movimento de estruturas ligadas a ele, como os ossos; Permite ainda o movimento, pelo organismo, de substâncias e líquidos, como o alimento, o sangue e a linfa.

Ele é formado por células e pela matriz extracelular, suas células musculares são alongadas, por isso também são chamadas fibras musculares. Elas são ricas nos filamentos de actina e de miosina, responsáveis pela sua contração. A actina e algumas proteínas associadas compõem filamentos de 7nm de diâmetro, os filamentos finos, enquanto os filamentos de miosina II, com 15nm de diâmetro, correspondem aos filamentos espessos. Os filamentos finos medem 1µm de comprimento, e os espessos, 1,5µm.

As células musculares possuem ainda filamentos intermediários de desmina, também presentes em outras células contráteis, como as células mioepiteliais e os miofibroblastos.

Conforme o tipo de músculo tem-se um destes tipos celulares: células musculares estriadas esqueléticas, células musculares estriadas cardíacas ou células musculares lisas. 

A matriz extracelular consiste no glicocálix, na lâmina basal (ou externa) e nas fibras reticulares. As células musculares lisas secretam colágeno, elastina, proteoglicanas e fatores de crescimento, sendo que alguns desses elementos ajudam na adesão entre as células.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Tecido Nervoso

O tecido nervoso é distribuído pelo organismo, interligando-se e formando uma rede de comunicações , que constitui o sistema nervoso .
Anatomicamente dividindo-se em sistema nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo, constituintes neurais do sistema fotorreceptor  e medula espinhal.
E o sistema nervoso periférico (SNP), formado pelos nervos e pequenos agregados de células nervosas denominadas de gânglios nervosos.
O tecido nervoso apresenta dois componentes principais : os neurônios , células geralmente com longos prolongamentos  e  vários tipos de células da glia ou neuróglia , que sustentam os neurônios  e participam de outras funções importantes .
No SNC há uma segregação entre os corpos celulares dos neurônios e seus prolongamentos . Isso faz com que sejam reconhecidas no encéfalo e na medula espinhal  duas porções distintas  denominadas de substância branca e substância cinzenta .
Substância cinzenta tem esse nome por mostras essa coloração  quando observada macroscopicamente, formada principalmente por corpos celulares dos neurônios e células da glia, também tendo prolongamentos de neurônios .
Substância branca não tem corpos celulares de neurônios, é constituída por prolongamentos de neurônios e por células da glia, Tendo esse nome por causa de um material esbranquiçado, denominado de mielina que reveste os axônios que são os prolongamentos dos neurônios .

Figura 1; Medula espinhal. Fonte:http://histologiaufrn.blogspot.com.br/2008/07/tecido-nervoso.html

Figura 2; Medula espinhal. Fonte:http://histologiaufrn.blogspot.com.br/2008/07/tecido-nervoso.html
             
Neurônios
As  células nervosas ou neurônios são responsáveis pela recepção , transmissão e processamento de estímulos .
Os neurônios são formados pelo corpo celular ou pericário .
Os neurônios apresentam morfologia complexa , porém quase todas apresentam três componentes
*Dendritos,  prolongamentos numerosos, especializados na função de receber estímulos do meio ambiente , de células epiteliais sensórias e  de outros neurônios
*Corpo celular ou pericário , que é o centro trófico da célula também capaz de receber estímulos
*Axônio , prolongamento único , especializado na condução de impulsos que transmitem informações do neurônio para outras  células(nervosas , glandulares ,  musculares )
Os neurônios podem ser classificados por :
* Neurônios multipolares, que apresentam mais de dois prolongamentos celulares.
*Neurônios peseudounipolares,que apresenta próximo ao corpo celular, prolongamento único , mas o mesmo logo se divide em dois , dirigindo-se um ramo para a periferia e outre o para o sistema nervoso central .
*Neurônios bipolares,  que tem um dendrito e um axônio .
       
Corpo Celular
O corpo celular ou pericário é a parte do neurônio que contém o núcleo e o citoplasma envolvente do  núcleo .
O corpo celular dos neurônios é rico em reticulo endoplasmático granuloso , que forma agregados parelelas, entre quais ocorrem numerosos polirribossomos livres. A quantidade de retículo endoplasmático granuloso varia com o tipo e o estado funcional dos neurônios , sendo mais abundante nos maiores , particularmente nos neurônios motores .
     
Dendritos
A maioria das células nervosas tem numerosos dendritos, que aumenta consideravelmente a superfície celular, tornado possível receber e integrar impulsos trazidos por numerosos terminais   axônicos de outros neurônios .
     
Axônio
Cada neurônio contém apenas um único axônio, que é um cilindro de comprimento e diâmetro  variáveis conforme o tipo de neurônio .
      
Figura 3; Nervo. Fonte:http://histologiaufrn.blogspot.com.br/2008/07/tecido-nervoso.html

Figura 4, Nervo. Fonte:http://histologiaufrn.blogspot.com.br/2008/07/tecido-nervoso.html

Comunicação Sináptica
A sinapse é responsável  pela transmissão unidirecional dos impulsos nervosos. As sinapses são locais de contato  entre os neurônios  ou entre neurônios e outras células efetoras, por exemplo : células musculares e células glandulares.
A função da sinapse é transformar sinal elétrico (impulso nervoso) do neurônios pré -sináptico  em um sinal químico que atua na célula pós -sináptica. A maioria das sinapses transmite informações  por meio da liberação de neurotransmissores .
Neurotransmissores são substância que quando combinam com proteínas receptoras , abrem  ou fecham canais iônicos ou então desencadeiam uma cascata na célula pós -sináptica que produz segundo mensageiros intracelulares.

Células da glia
*Oligodendrocitos e células de Schwann
Os oligodendrocitos produzem as bainhas de mielina  que servem como isolantes elétricos para os neurônios do  sistema nervoso  central. Os oligondendrócitos tem prolongamentos que se enrola em volta dos axônios , produzindo a bainha de mielina
*Astrócitos
São células de forma estrelada com múltiplos processos irradiando do corpo celular. Essas células apresentam feixes de filamentos intermediários constituídos pela proteína fibrilar ácida da glia, que reforçam a estrutura celular .
Os astrócitos ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e a pia–máter (uma delgada camada de tecido conjuntivo  que reveste o sistema nervoso central ).

Meninges
O sistema nervoso central esta contido e protegido na caixa craniana e no canal vertebral, sendo envolvido por membranas de tecido conjuntivo chamadas meninges.
As meninges são formadas por três camadas que de fora pra dentro, são as seguintes: dura-máter , aracnoide, pia-máter .

Barreira hematencefálica
É uma barreira funcional que dificulta a passagens de determinadas substâncias, como alguns antibióticos , agentes químicos e toxinas, do sangue para o tecido nervoso.

Fibras nervosas
São constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias . Grupos de fibras nervosas formam os feixes ou tratos do SNC e os nervos do SNP.

Figura 5, Corte da língua.Fonte:http://histologiaufrn.blogspot.com.br/2008/07/tecido-nervoso.html

Fibras amiélicas
Tanto no sistema nervoso central como periférico nem todos os axônios são recobertos por mielina. As fibras amielínicas periféricas são também  envolvidas pelas células de schewann, mas nesse caso não ocorre nenhum enrolamento espiral.

Fibras mielínicas
Nas fibras mielínicas  do sistema nervoso periférico, a membrana plasmática da célula de schewann se enrola  em volta do axônio . Essa membrana enrolada se funde, dando origem á mielina, um complexo lipoproteico branco que é parcialmente  removido pelas técnicas  histológicas. Assim a mielina é constituída por diversas camadas da membrana celular modificada. Essa membrana tem maior proporção de lipídios do que as membranas celulares  em geral .

 Gânglios
Os acúmulos de neurônios localizados fora do sistema nervoso central são chamados de gânglios nervosos.

Gânglios sensoriais
Os gânglios recebem fibras aferentes  , que levam impulso do sistema nervoso central . Há dois tipos de gânglios sensoriais . Há dois tipos gânglios sensoriais . Alguns são associados aos nervos cranianos(gânglios cranianos) e outros se localizam nas raízes dorsais dos nervos espinais (gânglios espinais ).
    Gânglios  do sistema nervoso autônomo
Os gânglios do sistema nervoso autônomo aparecem, geralmente, como formações bulbosas ao longo dos nervos do sistema  nervoso autônomo, localizando no interior de alguns órgãos, principalmente no tubo digestivo , formado os gânglios intramurais .

Figura 6; Corte da língua. Fonte:http://histologiaufrn.blogspot.com.br/2008/07/tecido-nervoso.html

Sistema nervoso autônomo
Relaciona–se com controle da musculatura lisa , com a modulação do ritmo  cardíaco e com a secreção de algumas glândulas.
Sua função é ajustar algumas atividades do organismo, a fim de manter a constância
O conceito do sistema nervoso autônomo é principalmente funcional. Anatomicamente ele é  formado por aglomerados de células nervosas localizados no sistema nervoso central , por fibras que saem do sistema nervoso central através  de nervos cranianos e espinais  e pelos gânglios nervosos situados no curso dessas fibras .

Figura 7; Medula espinhal. Fonte:http://histologiaufrn.blogspot.com.br/2008/07/tecido-nervoso.html

Figura 8; Medula espinhal. Fonte:http://histologiaufrn.blogspot.com.br/2008/07/tecido-nervoso.html

Figura 9; Medula espinhal. Fonte:http://histologiaufrn.blogspot.com.br/2008/07/tecido-nervoso.html

Figura 10; Medula espinhal.Fonte:http://histologiaufrn.blogspot.com.br/2008/07/tecido-nervoso.html


Tecido Hematopoiético

O tecido hematopoiético (do grego hematos, sangue, e poese, formação, origem) é um tipo de tecido conjuntivo responsável pela produção de células sanguíneas e da linfa, e se localiza no interior de alguns tipos de ossos. Esse tecido é o precursor da medula óssea vermelha.

Durante a infância, grande parte dos ossos do corpo possui esse tipo de medula; na fase adulta, a medula vermelha é encontrada principalmente nos ossos pélvicos, no osso esterno, nas costelas e na clavícula. Na fase embrionária, as células sanguíneas são formadas no baço e no fígado.

A medula óssea é dotada de fibras reticulares e células- tronco medulares. Tais células são multipotentes (ou pluripotentes), ou seja, podem dar origem aos diversos tipos de células sanguíneas, e são descendentes das células-tronco embrionárias. As células-tronco embrionárias são totipotentes, ou seja, não só dão origem às células sanguíneas, como a qualquer outro tipo de célula do organismo.

A multiplicação das células-tronco produz tanto células-filhas que se comportam como células multipotentes, quanto células que se diferenciam em vários tipos de células do sangue. Numa primeira fase dessa diferenciação, as células-tronco dão origem a duas linhagens celulares: células-tronco mieloides, e células-tronco linfoides. As células-tronco mieloides originam as hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos), as plaquetas (ou trombócitos) e os leucócitos (glóbulos brancos), tais como neutrófilos, basófilos, eosinófilos e monócitos. Já as células-tronco linfoides dão origem aos linfócitos B e T.


Em mamíferos, os linfócitos B passam pela diferenciação na própria medula óssea. No caso dos linfócitos T, suas células precursoras se deslocam da medula óssea para o timo, local onde a diferenciação é concluída. O timo é um órgão que se localiza no osso esterno, dotado de tecidos linfóides.

O sangue humano é composto por: plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. O plasma é uma solução aquosa de substâncias como proteínas, hormônios, gases, nutrientes, sais e excreções, e sua função é transportar tais substâncias por todo o corpo, o que possibilita às células receber o nutriente necessário ao metabolismo e expulsar metabólitos tóxicos.

Fig.1: Desenho esquemático de um capilar sanguíneo e seus constituintes. 
O sangue circula pelo corpo distribuindo gás oxigênio e hormônios, enquanto recolhe gás carbônico e excreta metabolitos. 
 http://www.sobiologia.com.br/figuras/Histologia/sangue2.jpg


As hemácias são as células mais abundantes no sangue, são anucleadas (seu núcleo é perdido durante a diferenciação celular), bicôncavas e providas de moléculas de hemoglobina, proteína que confere cor vermelha ao sangue. As hemácias são produzidas na medula óssea vermelha, a partir dos eritroblastos, células originadas pela diferenciação de células tronco mieloides e sua produção é ditada pela ação do hormônio eritropoietina, secretado pelos rins. As hemácias são responsáveis pelas trocas gasosas no organismo.

Os leucócitos são células esféricas e nucleadas, de tamanho maior do que as hemácias. A principal função dos leucócitos é proteger do corpo contra infecções por microrganismo ou outros corpos estranhos (partículas, toxinas, etc.) que adentrem nos tecidos. Cada tipo de leucócito tem um papel específico no combate a infecções.

As plaquetas são fragmentos citoplasmáticos que se originam na medula óssea vermelha a partir dos megacariócitos, os quais são provenientes das células tronco mieloides. As plaquetas desempenham um papel fundamental na coagulação sanguínea.



Tabela 1: Tipos de Glóbulos Brancos. Neutrófilo, Eosinófilo, Basófilo, Linfócito, Monócito.
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwXVqFdOFXEZAN0HH-GlrxOuOjTHHttpoHT8A74I-tvKt7WPXWZ41sP_2GBeV6SuPhx7cgPtUPmnGlGY7YIISTBuZW4DYUJolAyAh4CgW0Jir0Cd7Rytd7VAnA7dLpxer8F8IJhw0DIutb/s640/tabela.JPG

Tecido Adiposo

O tecido adiposo é formado por células do tecido conjuntivo que acumulam lipídios (gorduras) em seu interior, no citoplasma. Essas células, chamadas de Adipócitos, em sua maioria, são de forma esférica e maiores que as demais. A gordura armazenada nessas células servirá como fonte de energia para o organismo. Também constitui um excelente isolante térmico e isolante mecânico, pois absorve os impactos, impedindo que estes cheguem aos órgãos e os danifiquem.
Quando o organismo animal consome menos energia do que ingere, o excesso é guardado no tecido adiposo. É por isso que animais sedentários (pouca atividade física - movimentação) são mais "gordos" que os que têm uma vida com maior movimento físico. O excesso de peso nos humanos não é bom, pois o aumento do volume e massa corpórea faz alguns órgãos trabalharem demais (como coração, pulmões, rins, etc), diminuindo o seu tempo de vida. Em ursos polares, o tecido adiposo é muito importante, pois assim conseguem resistir ao frio extremo, e os longos períodos de hibernação.


A classificação desses tecidos é feita tendo como critérios a pigmentação da gordura armazenada e a forma de organização:

Tecido adiposo branco (ou unilocular)

Suas células apresentam forma de esfera, tendo em seu interior uma grande quantidade de lipídios, em uma "gota", tanto que o núcleo achatado e o citoplasma são deslocados do centro. A quantidade de substâncias fundamentais é menor que em outros tecidos.
Esse tecido é bastante irrigado por vasos sanguíneos. Em torno das células está uma vasta rede de fibras reticulares, que dão sustentação à massa gordurosa.
O nome vem da coloração, que está entre o branco e amarelo escuro, dependendo da alimentação do indivíduo. É tecido que forma o Panículo Adiposo, que fica sob a pele, absorvendo impactos e funcionando como isolante térmico.

Células do tecido conjuntivo podem se diferenciar para formar esse tecido.

Tecido adiposo pardo (ou multilocular)

As células desse tecido são menores que as do unilocular, pois ao invés de uma grande "gota" de gordura, é constituída por diversas gotículas (vacúolos), que se espalham por todo o citoplasma. São ricas em mitocôndrias, organelas que produzem energia e calor. Os animais hibernantes têm bastante desse tipo de tecido, pois o calor produzido irá manter a temperatura do corpo em períodos longos de frio. Nesses animais, durante a hibernação, o sangue que fica na rede de vasos sanguíneos dentro desses tecidos se aquece, sendo "bombeado" para outras partes do corpo na hora do despertar para o verão, fazendo o organismo voltar a funcionar completamente.

Nos seres humanos, esse tecido é mais importante nos recém-nascidos, para protegê-los do frio. É um tecido que só é formado enquanto o bebê está no ventre, não sendo mais produzido na vida pós-natal.

Figura 1; Distribuição do tecido adiposo unilocular. Fonte: http://images.slideplayer.com.br/1/294054/slides/slide_48.jpg


Figura 2; Tecido adiposo unilocular e multilocular.
Fonte: http://oimedicina.wordpress.com/2012/02/14/tecido-adiposo/


Figura 3; Desenho esquemático do tecido adiposo unilocular e multilocular.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/334330/

Tecido Ósseo

O  tecido ósseo  é componente principal do esqueleto, altamente rígido e resistente. Suas funções estão relacionadas à suporte para tecidos moles e proteção de órgãos vitais do organismo. Aloja e protege a medula óssea, formadora das células do sangue, proporciona apoio aos músculos esqueléticos, traduzindo suas contrações em movimentos, além de ser um depósito de cálcio, fosfato e mais alguns íons, liberando-os no organismo de forma controlada, para manter constante a concentração desses importantes íons nos líquidos corporais.

Este tecido é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material extracelular calcificado, chamado de matriz óssea. A nutrição de uma das células formadoras do tecido ósseo (osteócitos) depende dos canalículos presentes na matriz, que possibilitam as trocas de íons e moléculas entre os capilares e estas células ósseas. Os ossos são recobertos na sua face interna (endósteo) e externa (periósteo) por uma camada de tecido que possui células osteogênicas.

Fig. 1; Fotomicrografia de tecido ósseo com ênfase em cartilagem epifisária. Preparação por desmineralização. Aumento de 400x.Ossificação endocondral. a: Zona de proliferação. b: Zona de cartilagem hipertrófica. c:Zona de cartilagem calcificada. d: Zona de ossificação. Fonte:  http://cienciasmorfologicas.blogspot.com.br/2010/09/fotomicrografia-de-tecido-osseo-com.html


As células que compõe o tecido ósseo são:
Osteócitos: Ficam localizados em cavidades na matriz óssea, chamadas de lacunas, sendo que cada uma abriga apenas um osteócito. Por entre os canalículos estas células se comunicam e trocam moléculas e íons pelas junções gap (junções celulares). Possuem um formato achatado, semelhantes a amêndoas, possuem certa quantidade de retículo endoplasmático rugoso, complexo de Golgi pequeno e núcleo com cromatina condensada. São células de extrema importância na manutenção da matriz óssea.

Fig. 2: Osteócitos.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/334330/

Osteoblasto: Estas células produzem a parte orgânica da matriz óssea. Possuem a capacidade de armazenar fosfato de cálcio, participando na mineralização da matriz. Encontram-se dispostas lado a lado na superfície óssea e, quando estão em alta atividade de síntese apresentam formato cubóide, com citoplasma basófilo; quando em estado de pouca atividade, tornam-se achatados e o citoplasma se torna menos basófilo. Quando esta célula passa a ficar aprisionada na matriz óssea, torna-se um osteócito.


Fig. 3: Osteoblasto.
Fonte:http://slideplayer.com.br/slide/334330/

Osteoclasto: São células gigantes, móveis, muito ramificadas, contendo inúmeros núcleos, com citoplasma granuloso, certas vezes com vacúolos, pouco basófilos nas células jovens e acidófilos nas células mais velhas. As lacunas cavadas na matriz óssea, pelos osteoclastos, recebem o nome de lacunas de Howship. Os osteoclastos apresentam prolongamentos vilosos, ao redor desta área de prolongamento existe uma zona citoplasmática, chamada zona clara que é pobre em organelas, porém rica em filamentos de actina. Esta zona é um local de adesão do osteoclasto com a matriz óssea e cria um ambiente fechado, onde ocorre a reabsorção óssea.


Fig. 4: Osteoclasto.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/334330/