O tecido ósseo
é componente principal do esqueleto, altamente rígido e resistente. Suas
funções estão relacionadas à suporte para tecidos moles e proteção de órgãos
vitais do organismo. Aloja e protege a medula óssea, formadora das células do
sangue, proporciona apoio aos músculos esqueléticos, traduzindo suas contrações
em movimentos, além de ser um depósito de cálcio, fosfato e mais alguns íons,
liberando-os no organismo de forma controlada, para manter constante a
concentração desses importantes íons nos líquidos corporais.
Este tecido é um tipo especializado de tecido
conjuntivo formado por células e material extracelular calcificado, chamado de
matriz óssea. A nutrição de uma das células formadoras do tecido ósseo
(osteócitos) depende dos canalículos presentes na matriz, que possibilitam as
trocas de íons e moléculas entre os capilares e estas células ósseas. Os ossos
são recobertos na sua face interna (endósteo) e externa (periósteo) por uma
camada de tecido que possui células osteogênicas.
Fig. 1; Fotomicrografia de
tecido ósseo com ênfase em cartilagem epifisária. Preparação por
desmineralização. Aumento de 400x.Ossificação endocondral. a: Zona de proliferação.
b: Zona de cartilagem hipertrófica. c:Zona de cartilagem calcificada. d: Zona
de ossificação. Fonte: http://cienciasmorfologicas.blogspot.com.br/2010/09/fotomicrografia-de-tecido-osseo-com.html
As
células que compõe o tecido ósseo são:
Osteócitos:
Ficam localizados em cavidades na matriz óssea, chamadas de lacunas, sendo que
cada uma abriga apenas um osteócito. Por entre os canalículos estas células se
comunicam e trocam moléculas e íons pelas junções gap (junções celulares).
Possuem um formato achatado, semelhantes a amêndoas, possuem certa quantidade
de retículo endoplasmático rugoso, complexo de Golgi pequeno e núcleo com
cromatina condensada. São células de extrema importância na manutenção da
matriz óssea.
Osteoblasto: Estas células produzem a parte orgânica da matriz óssea. Possuem a capacidade
de armazenar fosfato de cálcio, participando na mineralização da matriz. Encontram-se
dispostas lado a lado na superfície óssea e, quando estão em alta atividade de
síntese apresentam formato cubóide, com citoplasma basófilo; quando em estado
de pouca atividade, tornam-se achatados e o citoplasma se torna menos basófilo.
Quando esta célula passa a ficar aprisionada na matriz óssea, torna-se um
osteócito.
Fig. 3: Osteoblasto.
Fonte:http://slideplayer.com.br/slide/334330/
Osteoclasto: São
células gigantes, móveis, muito ramificadas, contendo inúmeros núcleos, com
citoplasma granuloso, certas vezes com vacúolos, pouco basófilos nas células
jovens e acidófilos nas células mais velhas. As lacunas cavadas na matriz
óssea, pelos osteoclastos, recebem o nome de lacunas de Howship. Os
osteoclastos apresentam prolongamentos vilosos, ao redor desta área de
prolongamento existe uma zona citoplasmática, chamada zona clara que é pobre em
organelas, porém rica em filamentos de actina. Esta zona é um local de adesão
do osteoclasto com a matriz óssea e cria um ambiente fechado, onde ocorre a
reabsorção óssea.
Fig. 4: Osteoclasto.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/334330/
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